Ele nunca perdeu uma batalha. A história de vida é tão heroica que parece conto de fadas, quase uma lenda. Alexandre Magno foi Rei, tornou-se exemplo a ser seguido, foi ousado, foi grande, foi Alexandre, o Grande.
Ele venceu a primeira batalha. A luta pela vida começou há três meses não foi um conto de fadas, é real, é heroico. Alexandre é um bebe, é exemplo a ser seguido, é ousado, é pequeno, é Alexandre Weirich Campos.
Alê, como foi apelidado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Infantil da São Camilo Hospital São Francisco, nasceu no dia 2 de junho de 2016 com 25 semanas e quatro dias e 895 gramas. Ao mesmo tempo em que completaria um ano da perda do primeiro filho, também com 25 semanas, a mãe Rosangela de 22 anos, chegava ao HSF com descolamento de placenta.
O medo de passar por tudo novamente foi consolado pelas mãos dos profissionais do HSF. Profissionalismo, dedicação, trabalho, oração e lágrimas, deram força para Rosangela e o pai Roberto (31 anos) suportarem 89 dias de UTI. Nesse tempo Alê, mostrou que não veio a esse mundo a passeio, como disse a Pediatra responsável pela UTI infantil, Glaucia Vargas. “Esta mãe e o Alê são muito tranquilos, aguentaram firmes. Hoje podemos dizer que o nosso menino está tendo alta sem nenhuma sequela e apensar de ficar três meses na UTI vai chegar em casa e ser alimentado pelo leite materno”, conta. Glaucia lembra ainda que Alê precisa de um acompanhamento constante pelo quadro da prematuridade extrema.
“A História de crianças prematuras com final feliz, não é a primeira e nem será a última no Hospital São Francisco. Outros casos, como o da pequena Lavínia de Catanduvas, o menor bebe que já nasceu e sobreviveu sem sequelas no HSF, também mostra a capacidade e experiência da equipe multiprofissional, além da estrutura física e de equipamentos disponíveis em nosso Hospital”, avalia o diretor geral do HSF, Édio Rosset.
No dia em que Alê recebeu alta, dia 01 de setembro, apesar de ser uma despedida, foi um dia de alegria na UTI infantil. Todos que acompanharam o herói durante os quase 90 dias fizeram questão de dizer, “que bom que vai pra casa”. Os pais Rosangela e Roberto também aproveitaram o momento para agradecer. “Nós nos agarramos em Deus e em todas essas pessoas que trabalham aqui. Não consigo falar direito porque estou emocionada, mas todos vocês foram maravilhosos. Obrigado por tudo”, declarou a mãe com lágrimas de alegria.
Mesmo com tantos dias difíceis, hoje Alê está em casa, com a família. Ainda não se tornou um monarca, mas certamente é o Rei da Família Weirich Campos. Para todos, o Alexandre, o bebe pequeno, vai um dia ser grande como o Alexandre, o Grande.
